sexta-feira, 30 de março de 2012

"ISSO" - PRÓLOGO DO FIM



ISSO - TITÃS

 (...)
 Isso!
Ataca de repente
Não respeita cor
Credo ou classe social
Isso! Isso!..
 (...)
 Não adianta mesmo reclamar
Acreditar que basta
Apenas se deixar levar
Isso!
Que atrapalha nossos planos
Derrubou o muro
Invadiu nosso quintal
Isso!
Passam-se os anos
Sempre foi assim
E será sempre igual
Isso! Isso!...

 

isso (is-so)

pron. dem. Essa coisa, essas coisas, esse objeto, esses objetos.

ENFIM ...
 
Novamente de olhos inchados grudados no espelho, e que incrível! Desta vez o sentimento não é de pena, mas raiva. Raiva de ninguém mais além de mim. Não me pergunte como eu pude ser tão patética todo esse tempo, ou tão cega, ou porque ainda estou perdendo tempo escrevendo sobre algo que não faz mais diferença nem mesmo pra mim. Não faz diferença na mesma medida que ainda me dói muito, e veja bem, não me faz mais a mínima diferença. Durante todo esse tempo eu escrevi ao longo que vivi e senti tudo “isso”. Defino como “isso” pois não sei bem o que é/foi “isso”. Porque, bem, história de amor não pode ser. Ninguém pode amar sozinho. Aventura errônea? Não, isso não deve ser, apesar de muitas vezes sentir as sensações que essas aventuras errôneas causam, o que eu senti foi grande demais pra chegarmos a essa minúscula conclusão. Eu já ate atrevi-me a chamar de erro, mas durante tanto tempo um erro apenas não seria o suficiente. Eu poderia ter escolhido um adjetivo sensacionalista, mas combinaria demais comigo. Então, a esses quatro anos conturbados e praticamente não vividos da minha vida, vamos nos referir a “isso”.

Continua, ora bolas ...