domingo, 19 de fevereiro de 2012


Eu segurei muitas coisas em minhas mãos, e eu perdi tudo; mas tudo que que eu coloquei nas mãos de Deus eu ainda possuo.

Você sabia que na biblia esta escrito “Não temas” para cada dia do ano? Até mesmo no ano bissexto? Sim, ‘Não temas’ está escrito 366 vezes.
A verdade é que desde sempre foi complicado entender o que eu sinto, mas eu sempre tentei descrever em palavras para que, quem sabe alguém mais ou menos desocupado do que eu, pudesse entender por mim. A vida bateu na minha cara, muitos dias seguidos, sem poesia nenhuma que era pra me deixar sem vontade alguma de abrir os olhos. Só que os olhos são meus e cabe a mim saber até onde é bom enxergar, mesmo que sejam só coisas ruins que não vão me dar o sorrisinho que eu tenho que carregar todas as manhãs. Assim como tudo na vida, amores e amigos vêm e vão e, fico aqui perguntando baixinho, quem sou eu então pra decidir que os meus não deveriam ir? Não adianta mais prometer que será pra sempre. Eu não quero promessas. Promessas criam expectativas e expectativas borram maquiagens e comprimem estômagos. Eu não quero dor. Eu não quero olhar no espelho e ver você escorrer, manchando minha maquiagem. É pelo medo de cair de novo que meus joelhos tremem. Eu quero, no mínimo uma garantia. E eu só preciso me desfocar do sonho que me deixa míope e enxergar além, ou melhor: enxergar o que está na minha cara. Antes de dormir rezei, pedi a Deus que perdoe tanta ingratidão de minha parte, por não enxergar tudo de bom que a vida me oferece, e continuar aqui me lamentando ...

O tempo não passa.

sexta-feira, 17 de fevereiro de 2012

Carnaval ")

E eu continuo pedindo a Deus que preserve essa minha alma que no fundo ainda crê. Nao podemos deixar de crer.

sábado, 4 de fevereiro de 2012


Eu sei que isso não passa de orgulho ferido. Essa dor é só orgulho ferido. Não é amor, talvez nem seja dor. É só o meu grande orgulho ferido novamente.

Deus não quer uma bela voz, um belo espetáculo, uma bela apresentação, ou um belo toque instrumental, Ele quer ouvir o seu coração…

Eu conhecia o poder de um só pensamento,
Uma única, mas ardente paixão.
Como um verme, ele vivia em mim,
Roeu-me a alma e a incendiou.
                                                                 M.I. Lermontov – Meyzi

04 de fevereiro de 2012
Eu poderia não acreditar nisso, se não fosse eu mesma que estivesse sentindo. Pela primeira vez desde que te conheci, estou realmente confusa com o que sinto por ti. E quando antes eu achava que ficaria feliz quando esse dia chegasse, hoje me sinto muito mal e triste. Que dor que me dá esse sentimento. Sinto-me mal pelo modo que te tratei ontem, e tuas palavras passam pela minha cabeça causando turbilhões, dando um nó em minha garganta. É como se meu coração parasse de funcionar, entende? Eu sempre repeti pra você e pra mim mesma que esse dia chegaria, e eu ansiava ferozmente por isso, e agora me sinto tão atroz por não saber o que sinto, ou o que não sinto. Achei que o gosto seria de liberdade.
Não sei se isso se deve ao fato de eu não acreditar em você, da falta de fiúza que você me causa, mas eu não consigo resgatar aquela paixão, aquela adoração de sempre. Aquela que eu sempre fazia acordar depois de me ver obrigada a adormecê-la com muita dor. Dor que eu me fazia esquecer sempre que você voltava pra mim, com aqueles cabelos enrolados que eu adorava puxar enquanto te beijava, com os olhos que eu nunca consegui decifrar o que estavam expressando, e a boca que eu sempre achei perfeita, delineada, e macia. Parece que a dose de calmante que eu dei pro meu amor dessa vez foi forte demais. Tão grande que dormiu profundamente e está difícil demais de despertar. Ate me parece impossível.
Não sei o que me dói tanto. Acho que é a incumbência que sinto ter com você. Porque no fundo eu sei que ainda não passa de um menino sozinho que precisa de alguém que te cuide. E eu sei, sempre soube, que ninguém cuidará tão bem de você quanto eu.

[...] formavam um casal esplêndido; mas, “como a foice que encontra a pedra”, desentenderam-se. [...] Ambos são caprichosos e obstinados; e ainda que ela, como mulher, acabasse submetendo-se, brigavam constantemente. Nunca foi um amor tranqüilo, mas tempestuoso, abalado por lagrimas e cenas fortes. Assim transcorreram alguns meses, mas, aos 17 anos, o que é constante?
- Nina Lugovskaia