domingo, 16 de setembro de 2012


Hoje eu não me demoro. Nesse domingo eu durmo cedo. Caso vos perguntem por que decidi dormir cedo nessa noite de domingo propícia, continuem a ler. Porque hoje eu resolvi falar mais sobre mim do que sobre o meu amor ferrado tão conhecido por vós. Se é possível? Sim, claro. Continue lendo e verás
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 Começa assim:
     Fez um mês. Um mês restrito e suficiente aos meus pesares. Trinta dias dentro de um pijama, com um coque no cabelo e unhas, cutículas, lápis e palitos de fósforo roídos. Foi tempo de reflexão, solidão, planejamento. Uma época dividida entre desespero e paz, até chegar ao que eu chamo de “estado de sensatez”.  Foi difícil e até doeu algumas vezes. E depois de um mês, e do difícil acesso, alguém veio até mim. Pessoalmente, com a presença e o cheiro que costumavam me atordoar. Não me atordoaram hoje. A anestesia que tomei durante um mês, todos os dias, deve ter servido, enfim. Nem preciso dizer o que veio falar, e se alguém ai estiver com alguma minúscula curiosidade sobre as promessas por mim ouvidas ontem e hoje, eu peço que poupem-me do trabalho de ser repetitiva e procurem dentre esses 180 posts aqui expostos. Devem ter pelo menos 150 falando sobre isso. Eu esqueci de pedir que junto com tudo, ele levasse  essa saudade também. A danadinha ficou, e isso é algo que não posso controlar nem com álcool, nem dormindo nem com mil anos de meditação. Só que agora ela não manda em mim.
    
Termina assim:
     O mês passou, e junto com ele o meu luto. Agora volto pra vida. Agora dedico a minha vida a mim. Se alguém quiser penetrar os meus pensamentos que penetre enquanto eu estiver malhando, arrumando cabelo e unhas, depilando as axilas. A minha cama não servirá mais para leito de dor, nem de abrigo para lágrimas; só para dormir. Eu agora quero ficar linda sempre. Não saio mais de casa sem me produzir. Talvez eu até fique de pijama num domingo à tarde, mas apenas por achar que domingo combina mesmo com edredom, livro e filme.

  Um mês se passou, e com ele alguns por cento do meu amor...

Agora se me dão licença vou indo, que já são 23:19 e amanha tenho que ter muito tempo pra mim.

sexta-feira, 14 de setembro de 2012

A mais divina das vitórias é o perdão!



13/09  15:45hrs

Nem escrever, nem te xingar, nem te bater, nem me matar vai saciar o que estou sentindo. O meu amor por você não vai me perseguir pelo resto da minha vida, mas o ódio vai. Eu não sei qual seria o pior sentimento, e se fosse pra escolher, não o saberia bem. O que eu sei é que nem precisei matar o meu amor, nem me maltratar, nem nada do tipo... Ele está morrendo rápido. Rápido, acredita? Eu não sei se grito aos céus um muito obrigada ou um pedido de socorro. É que eu quero, definitivamente é o que eu quero, esquecer você é tudo o que eu mais quero. Eu quero esquecer que você existe. Odiar não...
Eu quero que você se torne insignificante. Eu não quero que você desperte nenhum sentimento em mim. Nem mesmo sentimento negativo. Você não é digno das minhas palavras, não mereceu um sequer texto desses que escrevi, não merece uma sequer lágrima dessas que escorrem agora. Não merece tanto amor.  Não quero mais ter que falar de você. Chega!

Pula para:
13/09  20:54hrs

Eu te perdôo!

Pula para:
14/10  09:57hrs

Eu achava que perdoar levava um tempo, o tempo de a gente sarar, o tempo em que a gente não se doesse mais. Errado! Hoje eu deitei sem sono e de repente passou um filme na minha cabeça. Na verdade, uma retrospectiva dos últimos cinco anos. Eu passei muitas coisas ruins durante esses cinco anos, humilhações sem tamanho, decepções inenarráveis, o que resultou em todas as feridas que eu carregava dentro de mim. E que claro, apertava o nó que já havia criado raiz em minha garganta.
 Tantas discussões.  Tanto desgaste. Tantas lágrimas desnecessárias. Tudo isso pra me transformar em quem eu tinha que ser. Eu queria entender. Afinal, quem eu deveria ser? O que eu deveria levar comigo? O que me faria uma pessoa melhor?  Eu sabia que depois de tantas experiências, eu tinha obrigação de amadurecer.  Eu sabia também, e tinha que aceitar, que além dos momentos ruins, vivi muitos momentos bons, experiências fantásticas. Aconteceram coisas boas a mim, que se não fosse você, ou se eu não estivesse ao seu lado, nunca teriam acontecido. Além disso, como não ressaltar que se não fossem todas as decepções, todos os momentos tristes, eu nunca teria começado a escrever? Eu não teria esse prazer agora. Eu jamais teria inspiração pra falar do que eu sinto, se não fosse por você e suas atitudes errôneas comigo.
Eu fui imensamente feliz com você, embora intensificasse apenas os ruins. Você me proporcionou momentos bons. Foi por eles e principalmente pelos ruins que se iniciou o meu processo de transformação da Herika menina para a Herika mulher. Foi admitindo tudo isso para mim mesma, que tirei a conclusão de que não quero que meu gráfico dos sentimentos bons caia consideravelmente, sentindo ódio de você. Nem de ninguém. Ontem, pensando em tudo isso, meu coração se inundou de paz; e sabe aquele nó da minha garganta? Ele se desfez. Juro! Eu até olhei nossas fotos e dei risadas. Não é que meu coração ainda não te culpe uma vez ou outra, não é que eu ainda não pense em tudo que aconteceu nem que não te ache burro por trocar quem sempre estava ao seu lado por qualquer coisa, mas eu percebi que a gente perdoa de verdade, quando passa a entender porque tudo aconteceu. Eu entendo você, eu entendo meu excesso de carência agora, eu entendo nossa insensatez, eu enxergo os nossos caminhos, o meu especialmente, e eles são diferentes. Passam longe um do outro.
 Deitada, eu percebi que exagerei nesse negócio de te amar, foi precoce e sem cabimento também. Foi ali que eu te perdoei de alma e coração. Eu te perdôo pelo meu bem estar, e pelo meu caráter que quero conservar. Eu não te diria isso diretamente nem pessoalmente, nem em nenhuma das suas ligações que eu não tenho atendido, porque eu sei que pra você não importa e me interromperia no meio da primeira frase como sempre faz, e não daria atenção. Mas importa pra mim. E muito!

Sejas intensamente feliz.

segunda-feira, 10 de setembro de 2012

Os ultimos dois textos não são meus. Ora, se eu não to com cabeça nem pra ler, quem dirá pra escrever? Postei porque gostei muito, e pelo fato de que não vou usar mais a internet essa semana e o blog ficaria pobre durante toda a semana. :) Sabe qual o lema dessa semana sinceramente? Tentar estudar, pois estou muito atrasada! mimi  :(
As vezes é preciso botar nossos sentimentos no varal da reflexão...
Que os ventos levem pra bem longe tudo aquilo que possa nos ferir. Tudo aquilo que nos machuca há tempos.
Mas hoje é dia de faxina, os entulhos e sujeiras, a gente sempre deixa do lado de fora.
 
 
Pula para:
 
 
 
Eu não pedi permissão pra gostar de você...
As coisas aconteceram.
Essa minha jornada me moldou para o meu bem, e foi  exatamente o que eu precisava apesar dos tantos obstáculos. Não vou dizer que perdi tempo insistindo tanto, nesta vida não há atalhos. Tudo foi necessário, cada lágrima derramada, aquelas tantas noites de sono perdidas, o desespero, as dores no peito. Todas essas situações me trouxeram ao agora.
Aprendi a tirar proveito de cada situação, afinal, tudo tem seu lado positivo, por mais obscuro que este esteja.
Você continua invadindo os meus sonhos sem minha permissão...
Nunca soube responder quando me perguntavam porque eu permanecia na prisão mesmo quando a porta estava completamente aberta, talvez a resposta seja esse vicio de eternidade que nós temos, que eu tenho.
Sempre acreditei na ideia de que um homem nunca passa duas vezes pelo mesmo rio. Nunca é os mesmo rio e nem o mesmo homem, ou seja, eu sempre acreditei que as coisas poderiam mudar, suas vontades, ideias.
Sempre estava ali, eu e a minha esperança, minha fiel aliada.
A vida é feita de escolhas, nem sempre seguras, optei por esperar o seu tempo passar. Aprendi a lutar pelas coisas que acredito...
Diria que eu estou sendo a maior dificuldade do meu caminho, eu e meus sonhos idealizados, como foi dito "com nossas escolhas podemos realizar o projeto divino de nossa alma ou nos perder nas ilusões do ego". Não sei exatamente o que aconteceu com a minha escolha.
A vida me surpreendeu, você me surpreendeu...
Acho que desta vez eu aprendi, que o que destrói o amor é o apego. Eu sei que sentirei tristeza, saudade, afinal eu respirava tão bem. Sou um bocado sensível demais, mas sei que o que é verdadeiro
 em nós é pra sempre.
 
 

domingo, 9 de setembro de 2012

Diálogo sadio: "Chucrute"



Via SMS com chucrute...
 – Como está a leitura do livro?
 – não estou conseguindo me concentrar. :/
 – O que esta tirando sua concentração?
 – Sei lá. Tô triste.
 – Sério!? Triste pq loirinha? Sorria, fique alegre; pois o céu é azul, os passarinhos voam e a vida é bela! :-D
- Não, sério? Os passarinhos voam? Nossa, meu dia melhorou muito agora.
- Kkkkkkkkkkk dê uma olhada no sumário do livro que talvez tenha um capitulo que vai te ajudar a melhorar esse teu sentimento negativo. O que ta te deixando triste?
- A tristeza
- Essa tristeza sua é crônica ou esporádica?
- Perai, xô procurar no Google.
- Kkk tipo faz tempo que você vem sentindo, sente de vez em quando?
- Sei lá, sabe?
- Devem ser os hormônios e os neurostransmissores.
- Isso significa que vou menstruar?
- Não faço a menor idéia. Mas essa tristeza deve ser efêmera .. Vai passar logo é só ter fé. Que tal um filminho de humor? Ajudaria!
- Foi que hoje eu acordei me sentindo mais ignorante que de costume, sem cultura, imatura, feia, magra e gorda ao mesmo tempo. Enfim, com o ego nos pé.

Via fone ajeitado:
Clésio, o que signifa chucrute?
Vamos ao Google:
"Chucrute, repolho fermentando, prato alemão, joelho de porco, etc etc etc.."
Vou te chamar de chucrute...

Pronto, esqueci que estava triste.

Uma pequena observação:
- Pronto. Agora voltou a moda do apelido xuxu.

Me abuso fácil.

sábado, 1 de setembro de 2012


Tô querendo colo colo.



Sempre que alguém me magoa, eu sinto uma saudade enorme da minha vovó. É uma falta dilacerante. Deve ser porque sempre que alguém em casa me dava bronca, eu corria pra lá. E ela me acolhia: “Tem nada não, hoje você dorme aqui”. E eu dormia agarradinha na mesma rede que ela. Ela foi a única pessoa na face da terra que NUNCA, mas é nunca mesmo, me magoou. E eu choro, mas choro com gosto, porque ela merece minhas lágrimas de saudade. Ela merece meu amor eterno. E quando eu choro me sinto em uma daquelas tardes, quando chegava no meu refúgio e ela tava lá, deitadinha com dor de cabeça (morreu com um tumor maligno no cérebro) e lendo a bíblia e eu deitava ao lado puxando conversa. E mesmo fraca, com dor de cabeça, com todo o cansaço que a doença causava, me dava toda a atenção. Nós só soubemos da doença quando ela já estava na UTI, e eu nem ao menos tive tempo de dar o meu tchau, e acho que nunca disse que a amava diretamente. Mas ela sabia, porque eu fazia questão de estar com ela até um certo tempo da minha vida. Depois, dói muito o que vou escrever agora, mas depois de um tempo eu a esqueci. Como se ela fosse eterna, e fosse ficar me esperando o tempo que fosse. E foi nos últimos dias de sua vida que eu declarei o meu amor sem dizer uma palavra sequer.... Sempre que ela chorava de dor eu chorava junto, sempre que ela não queria comer eu fazia aviãozinho, e na hora do banho quando tinha vergonha de ficar nua na frente dos outros eu a confortava e ficava nua também, mesmo com o meu corpo estando em transformação e de toda a vergonha que eu sentia dos meus primeiros pelinhos. E quando ela não conseguia dormir, deitava por baixo dela e balança a rede, assim como ela fazia comigo. Ela fez xixi em mim algumas vezes, e me olhava assustada, mas eu ria e pedia pra ela não dizer a mainha. Ás vezes eu chego a esquecer seu rosto, mas o seu cheiro não. Sempre que eu sinto aquele cheirinho de lavanda e o cheirinho de carne assada na brasa, me dá um frio na barriga e por alguns segundos é como se nada tivesse mudado. É como se ela ainda estivesse aqui, e que eu vou chegar naquela mesma casa com cheiro de óleo de peroba e vou encontrá-la deitada, lendo a bíblia.
“Vovó, ele me magoou, ele despedaçou meu coração, ele não fez questão.”,
“Tem nada não, hoje você dorme aqui.”
Só tenho o travesseiro para agarrar, e ele não tem cheiro de lavanda nem funga alto me fazendo acordar algumas vezes durante a noite.