sábado, 1 de setembro de 2012

O último.


Você cativou os melhores e piores sentimentos em mim. Uma sucessão de decepção com pequenos intervalos de felicidade. Bem, eu levaria muito tempo, e cansativas linhas para dizer como você conquistou esse mérito. Não preciso dizer que para destruidor de corações você tem certo talento. Seu currículo é longo e não há necessidade de entrar em detalhes. Mas uma coisa eu preciso ressaltar: você deixou escapar as melhores, e que te amavam. Você as(nos) deixou chorar, talvez por você achar que lá na frente viriam melhores. Oh, me desculpe, meu caro, não quero ser nenhuma destruidora de planos e sonhos, mas não, não virão. Elas não virão, porque a tendência é a queda de opções, opções decadentes, cada vez mais decadentes. E talvez, quem sabe você não leve uns bons pés na bunda? Quem sabe... A causa seria nobre, e vingaria várias mulheres desgraçadas por suas atitudes infantis e impensadas, como a de hoje quando quis me ferir (parabéns, conseguiu) fazendo o que você sabe de melhor: bater papo nas redes sociais, e iludir garotinhas de 13 anos. Até uma delas te enviar publicamente via facebook um  “Tão fofo *-*”. Ela nem imagina o quanto. Até tê-la caidinha em seus braços. Depois você se tornará apenas mais um que a magoou, e ela só mais uma que você magoou.
Que admirável coleção de “peguetes” você tem. Digno de palmas, mas não, hoje não. Um dia quem sabe... Quando eu estiver menos cansada de limpar as sujeiras que você deixa na minha vida sempre que vai embora. Engraçado, é que eu só percebo o acúmulo de porcarias que me você dá quando você sai. Desocupa. Ficam apenas a sujeira e a bagunça. Dessa vez talvez eu leve um mês pra reorganizar tudo. Até que, quem sabe você volte. Meus planos dessa vez são diferentes. Você não está neles. A não ser que chegue o trágico momento em que você volte. Nesse caso vou ter que me dar ao trabalho de te dar o que há quatro anos e meio você merece: “NÃO”
Ainda hoje chorei de raiva por não ter me segurado quando você sarcasticamente provocou em mim (propositalmente ou não) a ira de te ver muito bem depois de ganhar de mim a carta de alforria. Posso dizer até seguro demais. “- Pense o que quiser. Eu não me importo!” Ai, doeu. Que bela borboleta você se saiu. Mas entenda borboleta, você não devia voar tão confiante. Ás vezes os mais belos jardins estão cheios apenas de flores de plástico. Embora muito coloridas, sem cheiro nenhum. O meu jardim não esta mais pra você assim como Elvis não está mais para o rock. Ora, entenda minha comparação: Você ainda pode me ter em suas lembranças, em nossas fotos, em todos os textos que eu escrevi sobre você (e que espero um dia conseguir parar), assim como Elvis mesmo depois de morto sobrevive no rock com seus CDs e sua voz inesquecível. Eu serei inesquecível para você. Eu estarei marcada em todas as suas trilhas. Em todas as suas andanças terão um pouco de mim. Tipo quando você pensar em como teria sido difícil sua vida sem mim quando você foi morar sozinho, quando eu te ajudava nos trabalhos do agente de saúde (talvez você nem lembre, mas tudo bem) , e quando eu deixava o quarto brilhando pra você. Nada comparado com mamãe, né? Mas eu juro, sempre fiz o que pude. Na maioria das vezes dei o meu melhor. Quem sabe em uma tarde qualquer, quando chegar do orgulhoso trabalho e entrar no seu novo e “luxuoso” apartamento, você lembre de mim subindo as escadas com toda a mudança, limpando a geladeira, apanhando suas cuecas do chão, ou encerando o piso. Ou talvez você lembre orgulhoso daquele dia em que deu vários berros em mim por eu ter quebrado acidentalmente a torneira. Eu poderia esperar lembranças mais românticas, tipo da gente assistindo filme, ou de quando eu matava aula pra passar a manhã dormindo com você, mas se tratando de você não posso ser muito exigente. Nunca pude. O que eu espero é que você lembre um dia. Reconheça quem sabe, ou tenha um pouquinho de gratidão. Eu nunca exigi nada disso de você, até o momento em que você deixou de me tratar como sua mulher e começou a me tratar como... sei lá. Não consigo descrever! Me tratar mal, pronto! Muito maU!  Eu pediria pra você guardar consigo o ursinho que eu te dei. Mas eu sei que sua próxima nova conquista não aceitaria. Eu não aceitaria. Não deixe que ela jogue no lixo. Antes disso, doe.  
Você será quase totalmente esquecível para mim, exceto pelos momentos inevitavelmente inesquecíveis naquele quartinho simples, do qual o cheiro eu sei que nunca mais vou sentir. É uma parte da minha história que fatalmente terá que ir para minha biografia. O velho colchão no chão, cavaleiros do forró, festas de São João. Não que eu vá lembrar esses momentos sempre que ouvir cavaleiros ou chegar à época de são João. Não é isso. Mas são momentos eternamente marcantes. Cuidado! Não assista Avatar novamente. Talvez você chore. Tente deixar pra trás as coisas que te fariam chorar. Se minhas fotos em algum momento te deixarem triste, apague-as. Eu particularmente não conseguia olhar pra nossas fotos sem sentir raiva por você ser tão inconstante e burro. Apaguei todas. Destruí qualquer vestígio seu.
Se chegar uma hora em que você se sinta sozinho e precise se sentir especial, vá ao nosso eterno quartinho e leia na mesinha azul do banheiro o que eu te escrevi na primeira vez que fui lá: “Eu te amo. Nunca se esqueça disso.” Acho que foi mais ou menos assim. Não lembro. Os pequenos detalhes já estão se esvaindo de mim. Mas foi verdadeiramente sincero. Talvez a essa altura do campeonato eu já esteja feliz, realizando meu sonho (do qual você duvidou) de estudar psicologia, namorando alguém que me gosta, me aceita e me admira do jeito que sou.
Nunca se entristeça de saudades. Sentir remorso não te fará crescer. Ser GRANDE não foi o que você sonhou a vida toda? Ser respeitado por estar bem vestido, ou por andar em um automóvel novo, ou por falar palavras difíceis no facebook? Pagar de bom menino, ir à missa, colocar sempre coisas educadas e sutis no twitter, pra não perder a pose, nem sair da linha. Sua linha imaginária de bêbado. Com curvas infinitas, nas quais em uma delas eu fiquei, dando tchauzinho e orando (apesar dos insultos de desespero, juro por Deus) pra que você se encontrasse e fosse feliz. E me esquecesse. E que sofresse só o suficiente pra aprender a dar valor as coisas mais importantes da vida, que não é em hipótese alguma o status que você sempre buscou.
 Peço por mim também, óbvio, que Deus destrua qualquer sentimento que insiste em alimentar as minhas lágrimas. Seja ódio, mágoa, amor, rancor, desprezo. Seja qual for a ferida, que Deus cure. Que qualquer dor que insistir em me atormentar se transforme em forças pra eu buscar meus objetivos, minha felicidade. Amém.

Desabafo Um – 27/08 – 28/08 02:29am

*2008
+ 2012

“O tempo passou e alguém ficou pra trás.”









Provavelmente só falarei de amor novamente, quando encontrar outro muso inspirador, que me faça escrever sentimentos bonitos. Amém!