sexta-feira, 14 de setembro de 2012

A mais divina das vitórias é o perdão!



13/09  15:45hrs

Nem escrever, nem te xingar, nem te bater, nem me matar vai saciar o que estou sentindo. O meu amor por você não vai me perseguir pelo resto da minha vida, mas o ódio vai. Eu não sei qual seria o pior sentimento, e se fosse pra escolher, não o saberia bem. O que eu sei é que nem precisei matar o meu amor, nem me maltratar, nem nada do tipo... Ele está morrendo rápido. Rápido, acredita? Eu não sei se grito aos céus um muito obrigada ou um pedido de socorro. É que eu quero, definitivamente é o que eu quero, esquecer você é tudo o que eu mais quero. Eu quero esquecer que você existe. Odiar não...
Eu quero que você se torne insignificante. Eu não quero que você desperte nenhum sentimento em mim. Nem mesmo sentimento negativo. Você não é digno das minhas palavras, não mereceu um sequer texto desses que escrevi, não merece uma sequer lágrima dessas que escorrem agora. Não merece tanto amor.  Não quero mais ter que falar de você. Chega!

Pula para:
13/09  20:54hrs

Eu te perdôo!

Pula para:
14/10  09:57hrs

Eu achava que perdoar levava um tempo, o tempo de a gente sarar, o tempo em que a gente não se doesse mais. Errado! Hoje eu deitei sem sono e de repente passou um filme na minha cabeça. Na verdade, uma retrospectiva dos últimos cinco anos. Eu passei muitas coisas ruins durante esses cinco anos, humilhações sem tamanho, decepções inenarráveis, o que resultou em todas as feridas que eu carregava dentro de mim. E que claro, apertava o nó que já havia criado raiz em minha garganta.
 Tantas discussões.  Tanto desgaste. Tantas lágrimas desnecessárias. Tudo isso pra me transformar em quem eu tinha que ser. Eu queria entender. Afinal, quem eu deveria ser? O que eu deveria levar comigo? O que me faria uma pessoa melhor?  Eu sabia que depois de tantas experiências, eu tinha obrigação de amadurecer.  Eu sabia também, e tinha que aceitar, que além dos momentos ruins, vivi muitos momentos bons, experiências fantásticas. Aconteceram coisas boas a mim, que se não fosse você, ou se eu não estivesse ao seu lado, nunca teriam acontecido. Além disso, como não ressaltar que se não fossem todas as decepções, todos os momentos tristes, eu nunca teria começado a escrever? Eu não teria esse prazer agora. Eu jamais teria inspiração pra falar do que eu sinto, se não fosse por você e suas atitudes errôneas comigo.
Eu fui imensamente feliz com você, embora intensificasse apenas os ruins. Você me proporcionou momentos bons. Foi por eles e principalmente pelos ruins que se iniciou o meu processo de transformação da Herika menina para a Herika mulher. Foi admitindo tudo isso para mim mesma, que tirei a conclusão de que não quero que meu gráfico dos sentimentos bons caia consideravelmente, sentindo ódio de você. Nem de ninguém. Ontem, pensando em tudo isso, meu coração se inundou de paz; e sabe aquele nó da minha garganta? Ele se desfez. Juro! Eu até olhei nossas fotos e dei risadas. Não é que meu coração ainda não te culpe uma vez ou outra, não é que eu ainda não pense em tudo que aconteceu nem que não te ache burro por trocar quem sempre estava ao seu lado por qualquer coisa, mas eu percebi que a gente perdoa de verdade, quando passa a entender porque tudo aconteceu. Eu entendo você, eu entendo meu excesso de carência agora, eu entendo nossa insensatez, eu enxergo os nossos caminhos, o meu especialmente, e eles são diferentes. Passam longe um do outro.
 Deitada, eu percebi que exagerei nesse negócio de te amar, foi precoce e sem cabimento também. Foi ali que eu te perdoei de alma e coração. Eu te perdôo pelo meu bem estar, e pelo meu caráter que quero conservar. Eu não te diria isso diretamente nem pessoalmente, nem em nenhuma das suas ligações que eu não tenho atendido, porque eu sei que pra você não importa e me interromperia no meio da primeira frase como sempre faz, e não daria atenção. Mas importa pra mim. E muito!

Sejas intensamente feliz.