sábado, 30 de março de 2013

“Nem sempre é a razão que governa nossas ações. Consequentemente, o homem não é apenas o ser racional tão defendido pelos racionalistas do século XVIII. Com frequência, impulsos irracionais determinam nossos pensamentos, nossos sonhos e nossas ações.
- Fragmento do livro o mundo de Sofia, segundo Freud.
Pois bem, assino em baixo. Quem sou eu pra assinar em baixo de uma das idéias de um dos maiores mestres da história da filosofia? Eu sou alguém que na vida passada devo ter sido um rato de laboratório pra seus estudos. Por quê? Porque no último final de semana fui vítima desses impulsos irracionais que determinaram algumas das minhas ações. Ações babacas que me atormentaram durante toda semana. Durante uma semana inteira eu me martirizei e tive vontade de me matar. Sabe aquele remorso que te consome?  Melhor, sabe em the walking dead* quando os zumbis encontram um ser vivo pra destroçar? Pois era assim que o remorso fazia comigo. Mastigando órgão por órgão. Até eu ler sobre essa teoria de Freud. Depois de eu ter passado um semana inteira me perguntando por que melecas eu tinha feito isso ou aquilo, descobri a teoria dos impulsos irracionais de Freud e resolvi acreditar nela. Aí me perdoei. E vou me perdoar de novo caso impulsivamente e irracionalmente eu volte a fazer merda. Hehe
 “... Uma experiência ruim que o paciente sempre tentou esquecer, mas que está bem viva e presente dentro dele e lhe rouba forças. No momento em que tal “experiência traumática” é trazida ao consciente e o paciente tem a chance de encará-la de frente, por assim dizer, ele pode “se entender” e se curar.”
- Fragmento do livro o mundo de Sofia, segundo Freud.
Então, posso dizer que fui bem além disso. Eu não trouxe a experiência traumática só ao consciente. Como posso dizer? Foi bem mais concreto que isso, se é que estou sendo clara. Creio que sim. Só que eu percebi uma coisa... Eu já estava curada. Nada mais me doía. Aliás, nada mais eu sentia. Eu achei uma pena, se é que querem saber. É uma pena! Aquele tanto de amor desperdiçado, jogado fora. Esquecido. “Simplesmente aconteceu.” O que mais eu posso dizer? Certo dia eu resolvi ser livre, ou melhor, fui forçada a ser livre. Um passarinho que nem sabia voar. Aprendi ora bolas! E cá estou livre. E quero livre continuar. Nada mais ficou do passado do que essa vontade indescritível de ser livre.
“...aos poucos vamos aprendendo a controlar nossos desejos a fim de nos adaptarmos ao nosso meio. Em outras palavras, aprendemos a afinar nosso princípio de prazer com o principio da realidade. Freud diz que construímos um ego e que este ego assume esta função reguladora. A partir de certa idade, embora tenhamos prazer em alguma coisa, não podemos simplesmente sentar e abrir o berreiro até que nossos desejos ou necessidades sejam satisfeitos.”
Viu “mozim”? Vinte e quatro anos já são suficientes o bastante. Eu sinto pena de toda essa confusão que você acabou se tornando. Talvez você sempre tenha sido e eu é que demorei demais pra perceber. Esse poço de insatisfação. Tenho dó. E repugnância. Distancia. Nada mais a dizer.
“Vivemos sob a constante pressão de pensamentos reprimidos, que tentam se libertar do inconsciente. Por isso é que muitas vezes dizemos e fazemos coisas que na verdade não tínhamos a intenção de fazer. Dessa forma, o inconsciente também pode guiar nossos sentimentos e ações.”
No meu caso, excesso de álcool etílico no sangue.
O Senhor é meu pastor e nada me faltará.

Toca o som DJ. ;)