sábado, 20 de abril de 2013


Que as nossas vidas não podem tomar um rumo por si só, que quem dá um rumo pra nossas vidas somos nós. Nós, conscientes, racionais (ou não) e “inteligentíssimos” é que temos esse poder. Na verdade, nós é que tomamos o rumo, nossa vida só segue o que escolhemos. E nós seremos sempre o fruto do que escolhermos. Isso foi alguém que me disse por telefone quando conversávamos sobre o diferente rumo que as nossas vidas poderiam tomar daqui pra frente se por ironia do destino perdêssemos o contato. Eu dei minha opinião e disse que ele pularia no açude velho pra ser comido pelos jacarés, e o meu destino na opinião de alguém seria bem pior, eu me casaria com um desses mauricinhos qualquer, teria cinco filhos e deixaria minha profissão de psicóloga pra cuidar da casa. Aí não, né? Mas alguém me disse que só perderíamos o contato se de fato escolhêssemos isso, ou se eu conhecesse alguém, ou se ele conhecesse alguém. Então se no caminho da padaria eu conhecesse alguém (ai que clichê), eu seria a culpada? Não faz sentido. E se eu amo muito uma pessoa, e quero muito ficar com essa pessoa e pretendo realmente ficar com essa pessoa, e eu escolho ficar com essa pessoa para sempre, mas essa pessoa definitivamente não me corresponde, não me escolhe, então o rumo que eu tomaria não estaria sendo o rumo que eu realmente escolhi, não é mesmo? Mas aí alguém me disse que nós só somos capazes de controlar o rumo das nossas próprias vidas, e que as decisões de outras pessoas não devem nem podem jamais afetar a nós mesmos ou às nossas decisões. No fundo eu achei isso um pouco improvável, porque na minha humilde opinião, de uma forma ou outra uma decisão que uma pessoa toma em relação a mim pode me afetar e muito sim. Se um indivíduo toma uma decisão em relação a mim, e se essa decisão de fato me magoa, então a decisão que essa pessoa tomou me afeta de certa forma, não? Então eu perguntei pra alguém o que ele faria se eu decidisse desligar o telefone naquela hora e nunca mais o atendesse. “Com serenidade e compreensão eu aceitaria, e sabe qual seria minha decisão em relação a sua decisão? Nenhuma. Porque eu não posso te obrigar a querer falar comigo ou gostar de conversar comigo. O mínimo que eu posso fazer é tomar a decisão de conquistar sua atenção e dar tudo de mim pra que isso aconteça.” Foi só isso que ele respondeu. É difícil conversar com gente inteligente, é difícil na medida em que é raro encontrar alguém assim, então eu me esforço. E entre farpas e outras ele me perguntou “iaí, como estou me saindo?” “Em relação ao quê?” “Por acaso eu estou conseguindo conquistar sua atenção?” “hmm.. Eu sobreviveria sem você.” Daí nós rimos, e rimos, e rimos, e rimos, e dormimos rindo. Foi uma conversa “mó astral” que eu quero que se repita algumas vezes ainda. Ainda bem que alguém não sabe que eu escrevo nesse blog, magina que chato se ele soubesse que eu conto os minutos pra 23:33 pontualmente. Sempre tão pontual. Ele poderia perder a vontade de se esforçar pra conquistar minha atenção mais que conquistada e nada seria como é. Viva ao tempo que passa, e viva La vida, e viva ao nosso senhor Jesus Cristo. ;)